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Integração, troca de experiências e vida social




Pais e mães de Rio do Oeste se unem para garantir qualidade de vida para filhos com deficiência intelectual e autismo



Promover a integração entre as famílias, a troca de experiências e garantir qualidade de vida para crianças, jovens e adultos “especiais”. Esse é o objetivo da Associação de Pais e Mães de Pessoas com Deficiência Intelectual e Autismo, a Apames, de Rio do Oeste. A associação foi legalmente instituída em maio de 2016, e conta com 73 famílias associadas.

A Apames surgiu com o intuito de unir pais e mães de filhos com algum tipo de deficiência, como forma de ajudá-los a enfrentar desafios e dificuldades do dia-a-dia, principalmente o preconceito. De acordo com a coordenadora, Alci Léia Dalmônico Padilha, a sociedade não apoia e não inclui essas pessoas da forma que deveria.

– Muitos familiares têm dificuldades de encontrar tratamentos e terapias. Pensando nisso resolvemos organizar esse grupo para apoiá-los, a fim de que consigam vislumbrar um futuro para eles – afirmou a coordenadora.

Todo mês o grupo se reúne na Câmara de Vereadores para participar de palestras com profissionais especializados. O neurologista, por exemplo, explica quais os tipos de deficiência e como funciona cada uma. Já o médico psiquiatra faz acompanhamento com os pais, com sessões terapêuticas coletivas. Todos participam de forma voluntária e os encontros são abertos para o público em geral. 


Reunião Apames.

A associação promove também atividades em família. O primeiro passeio foi para o cinema, em Rio do Sul. Também fizeram uma sessão de equoterapia com cada associado em Agronômica. Já em novembro o passeio foi ainda mais especial, eles foram para a praia.

Membros da Apames no passei até a praia.

– Eu percebi que a maioria dessas famílias não tinha vida social. Os pais não tiram os filhos de casa porque tem o preconceito da sociedade, principalmente se uma criança entra em crise no meio da estrada, no supermercado ou no restaurante – contaAlci Léia.

De acordo com Marcia Cristina dos Santos, mãe de Isabela, que tem autismo,as ações da Apames são fundamentais para o desenvolvimento da filha.

– Existe a interação e todos se sentem iguais. Participo das reuniões porque acho importante essa troca de experiências para o desenvolvimento da Isabela e ela já melhorou muito depois que começamos a participar – afirma Marcia.

Marcia Cristina dos Santos e a filha Isabela.

Os objetivos estão sendo alcançados e os associados se superam a cada encontro. O maior obstáculo a ser enfrentado é, novamente, o preconceito.

– Eles podem ter alguma deficiência, mas em alguns aspectos são bem melhores que as pessoas que se dizem normais. São limites que estão sendo superados e os momentos de integração são riquíssimos. A tua experiência trocada com a minha só tem a engrandecer – conclui a coordenadora.


Como ajudar

A Associação não recebe nenhum recurso para se manter. Todo o dinheiro usado para cobrir os gastos é adquirido através de ações. Quem quiser doar alguma quantia em dinheiro, pode depositar diretamente na conta da Apames, no Banco do Brasil: Agência 2545-3; Conta: 12064-2. 

Outra opção para contribuir é comprar uma camiseta, que custa R$ 25,00, com as seguintes frases: “Ser diferente é normal” e “Renove suas ideias e acabe com o preconceito”.

– Tudo o que foi realizado até agora foi através de pessoas que nos apoiam, principalmente por perceberem a grandeza destas ações e todo amor envolvido – destaca Alci Léia.

Página no facebook: Apames Rio do Oeste
Por: Tainá Caroline Schmitz
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